Saiba como aproveitar a data sazonal mantendo o respeito e valorizando o movimento
O mês de junho é destinado a valorização e conscientização do orgulho LGBTQIA+, visando quebrar tabus e preconceitos. Antes de iniciar qualquer campanha, é necessário entender a importância do movimento: cerca de 20 milhões de brasileiras e brasileiros (10% da população), se identificam como pessoas LGBTQIA+, de acordo com a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).
Desses 20 milhões, cerca de 92,5% relataram o aumento da violência contra a população LGBTQIA+, segundo pesquisa da organização de mídia Gênero e Número, com o apoio da Fundação Ford. E mais: o Relatório Mundial da Transgender Europe mostra que, de 325 assassinatos de transgêneros registrados em 71 países nos anos de 2016 e 2017, um total de 52% – ou 171 casos – ocorreram no Brasil.
Por isso, muito mais do que uma data sazonal, o período exige luta, respeito e conscientização. Pensando nisso, por que não utilizar a sua marca para ajudar a divulgar a informação correta, trabalhando em prol deste público?
Respeito vs. Oportunismo
Em termos gerais, quais empresas realmente apoiam questões da diversidade? Não restam dúvidas de que todo esforço em despertar a conscientização sobre respeito ao público LGBT é importante. Mas quais marcas mergulham de cabeça na diversidade e quais estão apenas querendo lucrar? Para que você aplique a diversidade de forma correta, separamos algumas dicas que farão toda a diferença.
A inclusão precisa ser de VERDADE
As marcas precisam olhar para esse público para além do consumo: são mão de obra competente, tanto quanto qualquer outro gênero. Se compõem 10% da população brasileira de acordo com a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), porque não estão entre os 10% da equipe? É preciso estar atento aos detalhes.
Nada de Pink Money!
Pink Money é o termo usado para caracterizar a comercialização de produtos para o público LGBTQIA+, agregando custos e aumentando o valor da peça. Qual a diferença do material e custo de produção, caso ele seja destinado a outro gênero, visto que a função é a mesma? Esse é um ponto comum de oportunismo que deve ser evitado!
Representatividade em tudo!
É comum o abuso de pessoas brancas, héteros e cisgêneros na publicidade. Mas, cadê o restante da população? Preocupe-se em ilustrar todos os indivíduos, mostrando que a marca é aberta para todas as pessoas, independente do gênero ou sexualidade.
Em termos de representatividade, é preciso ter um olhar crítico e atento. Estamos acostumados com uma comunicação que valoriza apenas uma porcentagem da população, excluindo milhares de pessoas espalhadas pelo globo. Somos todos iguais e estamos juntos nessa luta!